SEBASTIÃO DE SOUZA - 24 ANOS DE VIDA ESPIRITUAL

     " Fui morador de Palmelo.
       Foi lá que deixei minha família, quando fiz minha passagem.
       Embora eu não compreendesse, na época, o que esta cidade representa para
a Humanidade, pude participar de seu ambiente diferenciado, mesmo sem      me
integrar nas atividades religiosas. Deixei parentes, amigos e trouxe          comigo
muitas lembranças boas.
       Hoje, quando já se passaram tantos anos, posso mais uma vez visitar Palmelo.
Ando por suas ruas. Revejo minha casa, nova casa. A Cotinha, que foi         minha
esposa e é mãe de meus filhos, me recebe na lembrança. Me sinto visita importante
porém, ninguém me convida para sentar ou tomar um lanche... Há um perfume  de
saudades. Não todas minhas. Mais recente, as saudades do neto Lúcio Júnior    são
mais fortes... doem mais na lembrança que ficou. Revejo alguns amigos... muitos
deles já vieram também morar do lado de cá. Poucos são os que continuam no
mundo terreno... Vida que segue. Fica a certeza de escrevemos a nossa história     e
que cada dia é um novo dia, onde quer que a gente esteja. Fomos e seremos... mas
acima de tudo SOMOS. E o momento presente é nossa maior riqueza. Devemos
aproveitá-lo da melhor forma que pudermos.
       Com a oportunidade de acompanhar meu neto Lúcio Júnior, na sua adaptação
espiritual, tenho aprendido muito. Desde o valor de uma prece fervorosa, como a
força do amor que abraça e conforta, até a paciência do caminhar do próprio tempo.
        Tenho compreendido que para ajudar alguém, a gente não precisa ter títulos de
doutor e nem ser autoridade no assunto. Basta querer. Se prontificar a ser presença
de apoio. Ouvir. Chorar junto e quem sabe em algum momento também dar boas
risadas.
        Tenho compreendido que para ajudar alguém não é preciso recriminá-la. E se
a gente quiser, a gente encontra os meios de ajudá-la a elevar sua auto-estima e a
mudar os caminhos, por ela mesma.
        Quem tenta, de qualquer jeito a modificar uma pessoa teimosa, acaba contribuindo
para que ela se torne pior ainda.
         Por isso, eu digo: que tenho aprendido muito. Meu neto tem sido meu novo
curso. E agradeço muito a Deus, por este nosso reencontro no mundo espiritual.
        Hoje, Palmelo, para mim tem novo significado
                       Fico feliz em poder voltar, em mais uma visita espiritual.
                                      Fico feliz em ser ouvido pela mediunidade consoladora.
                                                    Fiquem todos sob as bênçãos de Deus.
                                                                             Sebastiãozinho, o professor.