quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

JOSÉ OLÍMPIO CARNEIRO - 5 ANOS DE SAUDADES




       " O tempo que tudo acomoda, acalma também as nossas ansiedades.
          Neste caminho que se forma como ponte de comunicação para mim,
me faz lembrar o Muro das Lamentações, que em Jerusalém, recolhe  no
pedido de cada um a possibilidade de lhe confortar a dor que lhe faz chorar.
         Não estou em Jerusalém, nem diante do Muro tão famoso, mas estou
aqui, no mundo espiritual, registrando para o mundo terreno, o silêncio de
minha voz, que já não se ouve mais, mas a certeza de minha presença espiritual,
convencendo a mim mesmo. Alguém me ouve e escreve o meu pensar. Ao
mesmo tempo me conforta e me faz sentir em casa. E a saudade, brinca com
minhas lembranças, me deixando confuso entre o rir e o chorar. É que o tempo
passou, contando para mim e minha esposa Lesiane, da mesma forma que contou
para o mundo terreno, em horas, dias, semanas, meses e anos. Nós não deixamos
de existir. A morte, foi como um momento de dormir. Simplesmente acordamos
para então continuar, enfrentando tudo que se seguiu, após o momento traumático
do acidente, que provocou a nossa mudança.
        Num primeiro instante, sem saber o que fazer, pensei que  estava tendo um
pesadelo. O socorro chegou. Tudo me parecia consequência natural de um
procedimento terreno. Quando levaram os nossos corpos, é que percebi que não
era um procedimento normal, já que levaram meu corpo, mas eu continuava ali.
Pensei em voltar até Urutaí, quem sabe eu poderia evitar o inevitável. Pegar o
começo de tudo... Tudo era silêncio... Até o que me era conhecido, ficou diferente.
Quem sabe... eu estivesse dormindo... já em Ipameri ? E resolvi seguir para lá...
Não sei como fui... parece que o pensamento me levava... encontrei a família em
prantos... Não havia mais dúvida... Algo de muito sério tinha acontecido...
Ninguém me via, nem falava comigo. Me isolei num canto da sala, abaixei  a
cabeça e chorei... Um profundo vazio tomou conta de mim... Foi quando percebi
que eu não estava só... Para-médicos e enfermeiros me socorriam, como também
a minha esposa.  " Anjos do Asfalto ", os nossos socorristas do outro mundo.
Desde então, tudo tem sido um caminhar.  Muito o que aprender.  Muito o que fazer...
O nosso amor por nossos filhos continua nos motivando a visitá-los sempre, a trazê-los
enquanto dormem, para passar algumas horas aqui com a gente.  A nossa gratidão
pela família e amigos que aí na terra, ocuparam o nosso lugar, nas obrigações de cada
dia, a nossa eterna gratidão. Sabemos, que não há preço que pague...
Deixo meu abraço ao Dr. Pedro Uriel e a todos os amigos do IEF de Urutaí.
   E continuamos aqui, vivos e prontos para as atividades que agora nos compete.
     Obrigado, a esta ponte de ligação... que me deixou expandir o pensamento.
               Deus nos proteja e conduza sempre."
                                                                José Olímpio


4 comentários:

  1. Dona Vânia, gostaria de receber noticias da minha avó Lécia Rodrigues Canhete - se possível. Nascimento 03/11/29. Desencarne 05/06/2005. Obrigada

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  2. D Vânia gostaria de receber notícias de Sidney Parreira da Silva, faleceu em 05/05/2016. Desde já agradeço.

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  3. Bom dia! Senhora Vânia, a minha tia deixou uma mensagem a Maria do Céu, com isso tenho certeza de que pode ver como esta o meu ti Cícero Farias nascido em 10/08/1946 e faleceu em 28/06/2014. ele aparece muito em sonhos, e tenho certeza de que ele precisa falar algo. um grande abraço. de sua sobrinha Polyana Farias.

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  4. Senhora Vânia movida pela certeza de que serei ouvida. Gostaria de saber de um conhecido o seu Belchior Martins da Silva. Nasceu em 24.01.1943 e faleceu em 07.06.2016.

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