terça-feira, 11 de outubro de 2016

VINTE ANOS SE PASSARAM


      Foi no dia 11 de outubro de 1.996.
      Daniel Parreira Diniz, se despediu da família, dos amigos e atendendo ao chamado divino, regressou ao plano espiritual.
      Aneurisma Cerebral, foi a causa  que serviu de desculpa, impulsionando a grande viagem.
      Com certeza ele teria respondido que gostaria de ficar um pouco mais, se tivesse sido consultado entre o ir e o ficar.
      Era muito ativo na sua lida diária. Fazendeiro e produtor do melhor abacaxi da região.
      Morava em Palmelo, onde era médium do Centro Espírita Luz da Verdade, juntamente com sua esposa Anaíta Vieira Diniz, sua companheira de todas as horas.
      Sua fazenda já pertencia a Santa Cruz de Goiás, pois o Município de Palmelo é muito pequeno.
      Eles, com os filhos Adalberto, Sônia, vieram de Monte Alegre de Minas, em 1.971, onde também era fazendeiro, desde que deixara de ser farmacêutico em Centralina, MG. Dalmo, o terceiro filho nasceu em 1.973, em Pires do Rio, GO.
      Ouviu falar de Palmelo, sobre os tratamentos espirituais que eram realizados lá. Se interessou, porque sua esposa estava muito doente e sem causa diagnosticada. Andava de médico em médico, e ela não melhorava. Quando soube de Palmelo, foi com ela conhecer o lugar, mais uma esperança de cura. E ela se curou, após o período de tratamento que fez. Ele se tornou, a partir daí um divulgador de Palmelo. Falou, com meu pai, Alceu Arantes, que enfrentava o mesmo problema com a minha mãe. Meu pai também fez o mesmo caminho e obteve o mesmo êxito. Resolveram então se mudar para Palmelo.
       Anaíta, hoje sua viúva, continua atuante , nos seus oitenta e um anos, como médium do Centro Espírita Luz da Verdade. E sempre de bem com a vida. Os filhos se casaram e dos seis netos, ele chegou a conhecer quatro. Daniel e Mariana, filhos do Dalmo e Adriana, chegaram depois que ele partiu. Murilo, Fabiana e Felipe, filhos de Adalberto e Ismailda, juntamente com a Lorena, filha de Sônia e José Valter, deram ao senhor Daniel a alegria de ser avô. E ele amou muito os seus netos, inclusive os que não conheceu, aqui na terra.
       Além de espírita foi maçom. Era uma pessoa sempre disposta a participar e promover reuniões familiares, onde nunca faltava uma prece e nem acomodação para todos. Solidário, era sempre o apoio presente, quando solicitado. Positivo no falar, nunca deixava de dizer o que pensava, mas sempre sabia como dizer. Todos que trabalharam com ele, na lida de fazenda, sentem saudades de alguma lembrança que ficou. E hoje, o abacaxi saboroso, que ainda se produz na região, é cultivado
por aqueles que aprenderam com ele, ou repassaram a informação para os novos produtores.
       Com a sua partida, Daniel deixou um grande vazio e muitas saudades.
       Acredito, que todos nós que o conhecemos, perdemos muito com a sua ausência.
       Amigo da Natureza, cultivador de solo e de plantas, aproveitou o seu tempo espiritual para aprender tudo que podia, visando um tempo novo que só o futuro pode proporcionar. E levado pelos méritos próprios e pelos sonhos que nunca terminam, se inscreveu no vestibular reencarnatório. Sendo aprovado, aguardou o momento determinado por Deus e retornou ao cenário terreno, no meio familiar que lhe é afim, para dar continuidade aos empreendimentos que geram o seu progresso evolutivo.
      Quando um acontecimento se faz contar em anos, ele representa apenas um marco do que ficou naquele tempo, mas ele nunca impedirá o recomeço de um novo tempo, mesmo que para isso ainda não se possa contar.
     
      Deus lhe abençoe, senhor Daniel, onde o senhor estiver. Peço também bênçãos de conforto e muita paz em favor de todos que desencarnaram num dia 11, seja deste ou de outro mês do ano.
      A vida continua... para todos... e para sempre.
     

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