quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

MARIA DOLORES - A POETISA


      Maria Dolores era o pseudônimo da poetisa Maria de Carvalho Leite, nascida na cidade de Bonfim da Feira ( BA ), em 10 de setembro de l.900. Desencarnou em Salvador  (BA), no dia 27 de agosto de l.959.
      Era filha do escrivão da Prefeitura da cidade onde nasceu, Sr. Hermenegildo Leite e da Srª Balbina de Carvalho Leite.
      Aos 16 anos de idade, diplomou-se pelo Educandário dos Perdões, sendo considerada pelos colegas e professores, como uma jovem prodígio. Tinha dois apelidos em seu tempo estudantil: Mariinha e Madô, de onde surgiu seu pseudônimo.  De cor clara, alegre e brincalhona, transmitia simpatia a todos. Sua bondade era cativante. Escreveu no " Diário de Notícias ", e " Imperial ", ambos de Salvador, tendo chegado a ser redatora - chefe neste último.
      Seu pendor pela poesia já vinha do tempo de criança. Durante treze anos escreveu poesias e crônicas já assinadas com o pseudônimo. Algumas delas fazem parte de seu único livro editado  -  hoje uma raridade  -  " Ciranda da Vida ".
      Foi professora no Educandário dos Perdões, onde se formou, e no Ginásio Carneiro Ribeiro, em Salvador.  Além de professora era pianista, pintava e sua habilidade na arte culinária era bastante conhecida.
      Casou-se com o médico Dr. Odilho Machado, desquitando-se anos depois, sem nunca ter filhos. Residiu em várias cidades, até que em Itabuna, conheceu o italiano Sr. Carlos Larocca, com quem passou a viver conjugalmente. Ela o auxiliou muito em suas firmas : " Livraria Agenciadora" e o
"  Café Bahiano ". Era mal interpretada em suas Crônicas e Poesias, onde fazia apelos para um mundo melhor, pelos descontos sociais, pelos direitos humanos e pelo abandono dos menos favorecidos, acabando por ser taxada de comunista.
       Católica em menina, consegue superar seu sofrimento em adulta através da leitura Kardecista. Quando Zarur fundou sua legião da Boa Vontade, ela foi membro integrante, devotando-se à caridade nos bairros pobres de Salvador, onde era conhecida e querida por sua bondade e pelas campanhas que promovia.    No Natal e no Dia das Mães, fazia farta distribuição de alimentos, agasalhos, remédios e brinquedos. Seu grupo organizado era conhecido com o nome de " Mensageiras do Bem ". Sua bondade fazia com que se desvencilhasse de objetos pessoais, inclusive jóias, para ajudar aos mais necessitados.
        Sua maior tristeza, foi não ter sido mãe, mas a Providência Divina se encarregou da alegria que teve ao adotar seis meninas. Foi mãe como poucas.
        Em 1.959, quando seu marido se encontrava na Itália, Maria Dolores sentindo-se mal foi levada às pressas por uma de suas amigas ao Hospital Português, onde não resistindo  aos padecimentos impostos pela doença, tuberculose  galopante, em menos de uma semana desencarnou.
        Chico Xavier dizia que ela lhe apareceu no dia 29 de março de 1.964, bela e remoçada.

Um comentário:

  1. Dona Vania... Boa tarde, venho humildemente pedir para tentar fazer uma psicografia, dar alguma notícia para os que aqui na terra ficaram! Amo demais minha avó
    O nome dela é Aparecida Ferreira Nolito
    Nascimento: 13/10/1943
    Desencarne: 04/10/2015
    Obrigada

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