sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

LUCAS MOREIRA DO VALE ... SAUDADES !



       "  Mãe querida, por onde anda aquela alegria que te fazia sorrir e cantar?
          Que me embalava nos seus sonhos e acreditava, que tirando alguns defeitos,
         eu era o melhor filho do mundo?
         Saudades... lembranças... foi tudo o que restou, neste continuar da vida.
         Sinto saudades do que você já não me dá mais: broncas, cafuné,  castigos de criança...
         carinho de mãe.
         Depois do acidente, o seu mundo ficou triste e entristeceu o meu mundo também.
         Volte a sorrir, minha mãe, por você, pela nossa família... por mim também.
         Nesta viagem, sem volta, que eu e meus amigos, fizemos... já tinha passagem marcada.
         A festa, foi a desculpa necessária, para que encontrássemos o novo destino, que nem a
         gente sabia, que estava prestes a acontecer.
        Ficamos assustados, diante do fato consumado.
        O socorro chegou e cada um de nós foi sendo conduzido, sem que a gente tivesse muita
        consciência da verdadeira situação.
        À medida, que o tempo passou e fomos tomando pé da realidade, cada um de nós queria
        saber do que tinha acontecido com o outro. E o que ía melhorando primeiro, queria
       visitar o outro. Até que pudemos nos encontrar , recuperados,  num lugar muito bonito
       e preparado para este encontro, pelos protetores e amigos que cuidavam de nós.
       Foi uma emoção sem palavras. Eu, Marcelo, Wender, Ana Carolina e  Jordana ... e uma
       grande interrogação. A gente não sabia se ria ou se chorava. Era bom estar ali, todos
       bem, assistidos por tratamentos de primeiro mundo, e o que era mais importante,,,
       todos estávamos vivos.
       Mas e agora? Para onde a gente haveria de ir? Tudo era incerto, para a nossa compreensão
      de jovem. Fomos aconselhados a viver um dia de cada vez. E é o que tenho procurado
      fazer. E meus amigos também. Estamos na Colônia Nova Esperança, onde já encontrei
      muitos amigos e família que sempre vem me ver. Inclusive você, minha mãe, que quando
      dorme aí na terra, vem me ver aqui, como a mãe dos meus amigos também vem visitar
      eles. Só que você volta e acorda no corpo, com a tristeza de me deixar do lado de cá.
      E aí eu fico triste também. Por favor mãezinha, volte a sorrir, volte a cantar para mim.
      Eu posso ouvir a sua alegria. Me alegre, por favor!
                Abraço, com esta nova alegria, ao meu querido pai e toda minha família.
                         Aos amigos, aquele abraço e se " cuidem galera ", a vida é muito mais do que
      parece ser.  Sempre juntos, vamos em frente.
                                                                                           Lucas
     


Um comentário:

  1. Dona Vânia, Uma prima me pediu uma psicografia de Gustavo Antônio Martins Coelho Braz, faleceu em 15/11/2005.

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