sábado, 26 de novembro de 2016

OSVALDINA RITA DE SOUZA


      Neste momento, de muita emoção para mim... não sei se devo rir
      ou chorar... Me sinto abraçada no carinho familiar que parece tão
      próximo... e ao mesmo tempo tão longe. Fecho os olhos e me
      deixo sentir em tão doce paz. É como se eu recebesse um presente
      das mãos de Deus e ficasse sem saber o que fazer com ele...
      Ele me conforta e ao mesmo tempo me pede ação...
      A minha memória está rica de lembranças e em momento algum, eu
      nunca me esqueci de ninguém. Sempre volto para rever a cada um,
      e no silêncio das palavras, conversamos em pensamentos, em sonhos.
      Como eu gostaria que vocês me vissem como sou agora...
      Não estou doente como antes... Posso dizer que estou curada... Sarei.
      Voltei a ter alegria, a ter saúde e a ajudar no que posso.
      Sinto saudades também. Como não sentir?
      Afinal, eu me sinto no meio de duas situações: de um lado, a família e os amigos
      que já estão do lado de cá, com quem posso encontrar, conversar , contar piadas,
      rir, nos entender e ajudar. Do outro lado, o Gilberto, o meu grande bem, o meu amor
      que me deu um lar, filho e filhas maravilhosos, que por sua vez me deram " filha " e
     " filhos"muito queridos e juntos me deram netos e netas tão amados. e que eu tive que
     deixar para trás. Eu não pude ficar mais com eles e eles não puderam ( e com certeza
     não iam querer) me acompanhar, nesta longa viagem. Mas, é apenas uma viagem...
     Voltaremos a nos encontrar, no tempo de Deus. O amor cria elos e mantém endereços
     que nada pode destruir. Se amem, meus queridos. Se ajudem, no que puderem. Superem
     as mágoas e fortaleçam amizade. A vida é bela. A gente é que complica ela.
     Estou na Colônia Nova Esperança. Vim para cá a pedido do Damo, quando ele estava
     nesta Colônia. Gostei demais do lugar e acabei ficando. O Damo foi embora para a
     Itália e eu continuo aqui até hoje. Já trouxe a dona Tita para cá e por último a Izaldir
     também. Tenho minhas obrigações a cumprir aqui e sempre integro a Caravana de Nossa
     Senhora Aparecida, que atende os apelos de socorro do mundo terreno.
       Querida família, beijos e abraços, de quem morreu para viver a vida plena.
       Amo vocês, para sempre !
                                                     Oswaldina

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Silvana Alves Reis Franco26 de novembro de 2016 às 16:50

    Entre lagrimas e sorrisos agradeço por saber que mamãe esta bem e fazendo o que mais gosta que é ajudar.Abraço

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