quinta-feira, 10 de novembro de 2016

LIBERDADE INTERIOR


     Na antiguidade houve um filósofo chamado Sócrates, que se dedicava a amar os injustiçados e o jovem, ensinando a verdadeira arte de ser feliz.
     Foi levado ao cárcere e condenado à morte, pelo crime de amar.
     Nascendo trezentos e oitenta anos  antes de Jesus, ele foi o primeiro herói da não violência.
     Preferiu agir a reagir.
     Deu a sua vida, para que o exemplo de amor e de sabedoria permanecesse.
     Quando ele estava encarcerado, um discípulo seu foi até a cela e lhe falou emocionado:
     " -  Mestre, hoje à tarde a cela ficará aberta e tu poderás fugir. Nós te aguardamos lá fora para que continues nos ensinando sabedoria, amor e verdade ".
     Ele perguntou ao jovem como era possível que o guarda deixasse a porta da cela aberta, ao que ele respondeu:
     " - Nós subornamos o soldado. Arranjamos jóias de nossas famílias e ele se vendeu. Dirá depois que esqueceu aberta a porta da cadeia. E o senhor sairá, para conviver conosco, porque sentiremos muito a  sua falta caso aconteça o que está previsto ".
    Então Sócrates, que era em verdade, a lição superior da beleza e da verdade, respondeu que não estava preso. O fato de estar dentro de quatro paredes, não o tornava prisioneiro. Ele tinha liberdade interior. Ele pensava. Quem sabe pensar ... viaja. Através do pensamento a pessoa conhece terras e através do conhecimento se liberta. Jesus diria mais tarde: "  Busca a verdade. E a verdade te
libertará ".
    E o jovem ficou apreensivo com o Mestre.
    " - Como tu não fugirás?
    Ele disse: " - Não. Porque o homem é aquilo que cultiva dentro dele próprio. Por onde eu vou, eu me levo. Embora eu pareça ser um prisioneiro, eu sou livre. Prisioneiro é aquele que é dominado pelas paixões e necessidades infelizes. Não eu. Eu sou um homem inteiramente livre ".
   Então o jovem disse:
   " - Mestre, eles vão te matar ".
   Ele sorriu e disse ao rapaz: " - Meu filho! Como tu és ingênuo. Ninguém me pode matar. Eu sou eterno. Podem rasgar minha roupa, podem destruir o meu corpo, mas a mim, ninguém me pode
matar ".
   Essa lição maravilhosa da História Universal, continua sendo tão importante a nós nos tempos atuais.
   Muitos há que se consideram presos pelas doenças, pelas mutilações, pelas dificuldades, pela família . Por um problema ou por outro se deixa dominar pelo sofrimento, acreditando ser um prisioneiro.
  Todavia, quando se tem fé, quando se pode pensar em Deus, quando se pode voar pelo pensamento na oração, não há prisão, não há cadeia.
  Paulo de Tarso dizia: " - Onde quer que eu esteja eu sou o mesmo. Na alegria, na tristeza, na dor, na felicidade, eu sou o mesmo ". Ele possuía Jesus no coração.
  Estamos na terra, numa viagem curta.A nossa tarefa é fazer o bem, que nos faz bem.

( Trechos retirados de uma Palestra de Divaldo Pereira Franco, proferida em 1.992 )

Nenhum comentário:

Postar um comentário