segunda-feira, 28 de novembro de 2016

MEU PAI... SAUDADES... LEMBRANÇAS QUE NÃO SE ACABAM


    Hoje, 28 de novembro, fazem 20 anos que meu pai desencarnou.
    Alceu Arantes, será sempre Alceu Arantes, no tempo e no espaço em que ele assim se manifestou.
   Como Alceu Arantes foi meu pai e pai de minha irmã Nara Arantes Campos.
   Esposo de minha mãe Maria Martins Arantes, com quem conviveu 47 anos.
   Filho de João Arantes e Maria do Carmo, teve como irmãos Alcides, Carício, Edson, Irani, Iraci, Elzira, Aurora e Elza, a única que está entre nós e muito querida por toda família.
   Meu pai desencarnou aos 83 anos de idade, de um aneurisma abdominal.
   Há um dizer que:" uma pessoa ocupa tão pouco espaço no mundo, enquanto está encarnada.  Quando desencarna, deixa um espaço tão grande, que onde marcou sua presença fica um vazio, que nada é capaz de preencher ". Ficam as lembranças. Ficam as saudades. E como ficam!!!
   Meu pai, era uma pessoa do bem. Sempre alegre. Só conversava rindo. Mesmo que o assunto fosse triste. Era o jeito dele. Estava sempre de bem com a vida.
   Como auto-didata, tocava todo instrumento musical. Dizia que tocava de ouvido. Nunca estudou música.Tocava cavaquinho, gaita, sanfona, violão, pandeiro. Não gostava de cantar.
   Foi dentista, e um bom dentista. Amava a sua profissão. Exerceu esta atividade, num tempo em que não havia serviço tercerizado. Ele fazia de tudo, desde que fosse necessário. Fez muitas próteses, na época em que se chamava dentadura mesmo. Extraiu muito dente, quando não se usava dar ponto. Quantas vezes se levantou  à noite para estancar hemorragia por extração dentária, o que era comum acontecer. Ele acudia aos pacientes dele e de outros colegas de profissão também, que recorriam a ele, nos casos mais graves.  Trabalhou mais de vinte anos em Monte Alegre de Minas, Minas Gerais, onde deixou uma clientela pesarosa, quando se mudou para Palmelo, Goiás, em l.970, onde continuou trabalhando até se aposentar. Trabalhou, de Carteira Assinada, pela primeira vez, no Sindicato Rural de Santa Cruz de Goiás. E gostou muito da experiência, como funcionário. Sempre havia trabalhado como autômato.
    Foi Maçom, iniciado pela Maçonaria do Grande Oriente, na Loja Maçônica Estrela Montealegrense. Foi um maçom estudioso e dedicado. Amava a Maçonaria.
    Aos 56 anos se tornou Espírita convicto. Estudou muito sobre a Doutrina Espírita e trabalhou como médium de cura, no Centro Espírita Luz da Verdade, em Palmelo.
    Em uma fase de sua vida, gostou muito de pescar. E fez pescarias inesquecíveis para ele, nos rios Aiporé e Itiquira, em Mato Grosso. Na época a pescaria não era fiscalizada como é hoje.
   
   O tempo passou... e depois que o meu pai se foi... o tempo continuou passando.
   Hoje, 20 anos após o seu desencarne, sei que ele já está novamente reencarnado. Fico feliz, em saber que ele continua o seu caminhar evolutivo e tão perto de todos nós, sua família.
   O tempo, em que ele foi meu pai, está registrado para sempre. Nada vai apagar. Sempre será. Se eu pudesse adentrar um túnel do tempo e estacionar em qualquer dia, mês ou ano de 1.950 a 1.996, eu vou me encontrar com o meu pai Alceu Arantes, abraçá-lo e dizer:" Obrigada, por ser sua filha".
    Saudades sempre. Que Deus nos conduza e nos mantenha unidos, em sintonia de amor e de paz!


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