segunda-feira, 25 de julho de 2016

FRANCISCA BORGES GOMIDE, Dª CHIQUINHA

Vinte e cinco de julho de mil, novecentos e sessenta e cinco, portanto há cinquenta e um anos a senhora partiu para o mundo espiritual.
   Havia cumprido o seu tempo e a sua tarefa no mundo terreno.
   Foi esposa de Jerônymo Cândido Gomide e mãe de dez filhos, ajudando na criação de muitos outros filhos que a vida foi lhe encaminhando, para receber o seu apoio maternal.
   Palmelo, deve muito ao seu trabalho de dedicação, tanto na presença amiga, quanto nas orientações espirituais recebidas através de sua mediunidade.
   Eu, não a conheci aqui na terra. Não tive este prazer. Quando cheguei em Palmelo, para morar, em mil, novecentos e setenta, ela já não estava mais entre nós. Só conhecí o senhor Jerônymo e a família.
   Como médium psicógrafa, recebia muitas mensagens dela, e fomos nos tornando amigas.
   Seu espírito , nunca se permitiu o descanso.
   E assim sendo, trabalho nunca lhe faltou, nem aqui no cenário terreno, nem no mundo espiritual.
   Após um período de adaptação, natural a todos que voltam a viver na outra dimensão, ela foi se integrando, estudando e aprendendo, na teoria e na prática, procurando a melhor forma de ser útil, preenchendo suas horas de atividades positivas e edificantes.
   A Colônia Nova Esperança, que lhe recebeu, após o seu desencarne, já lhe ofereceu de imediato tudo de que ela necessitava, graças aos créditos por ela já adquiridos no campo de Palmelo e principalmente junto ao Centro Espírita Luz da Verdade, onde ela prestou relevantes serviços, em nome do Evangelho de Jesus, com a sua mediunidade.
  De assistida a assistente na Colônia, foi um caminho curto.
  E a partir do momento que começou a assumir tarefas espirituais, não parou mais.
  Hoje, com cinquenta e um anos de vida espiritual, seu nome é uma referência.
   Sempre querendo ajudar a quem lhe procura, ela não mede esforços para atender a todos,
  Bortolo Damo, foi um dos filhos que a vida lhe encaminhou, para receber dela o apoio de que necessitava. Se em Palmelo, ele encontrou a energia e a diretriz traçada por Jerônymo Candinho, como respaldo para o seu trabalho mediúnico a realizar, foi no ombro amigo de dona Chiquinha, que ele chorou muitas vezes, quando envolvido no seu doloroso desequilíbrio de saudades da terra distante, dos traumas da guerra  e da mediunidade pedindo ação no bem. Ele a elegeu como sua segunda mãe. e ela fez por ele tudo que podia ter feito. E não só, enquanto aqui na terra. No mundo espiritual, após o seu desencarne, e convencido de que deveria voltar à Itália, para resolver pendências e ficar bem, Damo disse que só voltaria, se a dona Chiquinha o acompanhasse. Ela não se fez de rogada. Se preparou para a viagem, distribuiu tarefas sob a sua responsabilidade na Colônia, convidou alguns amigos espirituais para que os acompanhasse também e se propôs a seguir junto com o Damo, usando os meios de que ele podia dispor. Ela poderia ter ido na frente. Ela poderia ter ido depois encontrá-lo, na Europa. Ela fez questão de ir junto com ele. Ela poderia ter ido, volitando...
pelo tempo de vida espiritual que ela tem, isto não seria problema para ela. Mas... para o Damo, seria problema. Pelo seu pouco tempo no mundo espiritual, ele não teria resistência para volitar em distância tão longa.Havia um Oceano a atravessar.  E como a criança que recem aprendeu a andar, precisa de cuidados no mundo terreno, o espírito também precisa reaprender a andar no mundo dos espíritos. Assim sendo, foram todos de navio.
   E ela ficou com ele, o tempo necessário, para deixá-lo bem.
   Da Colônia Nova Esperança foram para a Colônia da Compostela, na Espanha.  De lá seguiram para a Itália.
   Nunca vou me esquecer, dona Chiquinha, do que a senhora fez pelo Damo. E sei que tem feito também, por muitos outros que precisam de seus préstimos. O carinho com que a senhora cuida de sua família, não deixa nada a desejar, ao ponto de que eles pudessem de alguma forma reclamar. E ao lado de sua atenção familiar, a senhora sempre encontra um jeito de servir também à família universal.
   Nas muitas homenagens que está recebendo hoje. receba também a minha, com gratidão e carinho, pedindo a Deus que ainda lhe conserve muitos e muitos anos no plano espiritual, ajudando com sua presença espiritual a modificar o nosso mundo terreno, tão carente de lições de vida como a sua.
   Quis Deus, que um de seus filhos legítimos viesse ser meu neto. Espero ser para ele uma avó amorosa com a qual ele possa sempre contar. E um dia... reunidos... possamos ter muitas histórias para contar,

  Deus lhe abençoe hoje e sempre. Obrigada por tudo que sei e mais ainda, pelo que não sei.
  Palmelo lhe abraça em vibrações de paz.

2 comentários:

  1. Querida Dona Vânia,
    Neste primeiro momento em que me dirijo a ti, pelo blog, gostaria de cumprimentá-la pelos trabalhos realizados em prol dos necessitados, consoante o lema de Natanael, a caridade.
    Receba o meu especial abraço, bem como dos demais companheiros da Caravana da Alegria, sabendo todos nós que suas palavras são bálsamos para quem as recebem.
    Já tinha ouvido pessoalmente esta história envolvendo os queridos Damo e Dona Chiquinha, porém, o registro dos fatos é também necessário.
    Um carinhoso e afetuoso abraço de quem muito te ama e admira.
    Fique com Deus em sua missão de paz e amor!
    Iracy Cecilio

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  2. Querida Dona Vânia,
    Neste primeiro momento em que me dirijo a ti, pelo blog, gostaria de cumprimentá-la pelos trabalhos realizados em prol dos necessitados, consoante o lema de Natanael, a caridade.
    Receba o meu especial abraço, bem como dos demais companheiros da Caravana da Alegria, sabendo todos nós que suas palavras são bálsamos para quem as recebem.
    Já tinha ouvido pessoalmente esta história envolvendo os queridos Damo e Dona Chiquinha, porém, o registro dos fatos é também necessário.
    Um carinhoso e afetuoso abraço de quem muito te ama e admira.
    Fique com Deus em sua missão de paz e amor!
    Iracy Cecilio

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