quinta-feira, 21 de julho de 2016

CARTAS DEVOLVIDAS

     Recebi, através do Blogg, a sua pergunta a respeito de sua carta que foi devolvida, e aqui estou, para lhe responder.
     Em primeiro lugar, gostaria de lhe pedir que me perdoe. Me perdoe, pelas limitações  que me impediram o continuar deste trabalho de intercâmbio espiritual.
     Eu sabia, muito antes, que este trabalho, que não tem fim, nunca seria concluído no seu todo. Só não esperava que tudo fosse acontecer de forma tão rápida. E o trabalho foi encerrado em março deste ano. Mais de quinze mil cartas, sem respostas. Cartas que já haviam chegado, cartas que continuam chegando.
     As que foram recebidas de dois mil e treze para cá, e não foram respondidas, estão sendo devolvidas. Foi o que aconteceu com a sua carta. Me perdoe.
     Peço a Deus, que todos os espíritos lembrados nas cartas e de quem se queria uma notícia, sejam envolvidos de vibrações de conforto e paz, e que neste caminho de sintonia, eles possam encontrar uma forma de alcançar o pensamento dos entes queridos terrenos. Que o encontro se dê através de um sonho, de uma presença sem medo, de uma palavra amiga, de uma compreensão maior, ou por outro médium.
    O amanhã a Deus pertence. No momento o que posso lhe responder é isto.
     Espero que você não fique triste. Continue confiando em Deus, na Sua misericórdia infinita e na Sua proteção infalível. Tudo tem o momento certo de chegar. Se não foi desta vez, será de uma outra vez, Não podemos desanimar e nem perder as esperanças.
    O importante não é o médium, que é um ser humano, aprendendo a servir com a mediunidade, sujeito a tantas falhas e limitações.
    O importante é o espírito, imortal,unido aos entes queridos pelos elos do amor,e que estará presente em todos os momentos da vida, seguindo juntos, ou aguardando o tempo de se reencontrarem.
    Como médium, que tinha grande amor à tarefa abraçada e por quarenta e sete anos desempenhada, eu choro sim, por cada carta devolvida,,, aparentemente sem resposta.
    Não choro pelo espírito, porque sei que seus horizontes são muito mais amplos que os meus e os seus caminhos muito mais intensos, mas choro por mim mesma, pelo dever não cumprido, por perder a chance de compartilhar com o espírito, momento tão especial.
    Cada carta devolvida, leva uma lágrima minha, dando-me a certeza da minha insignificância diante de tão majestosa Obra, a Obra de Deus.
     Peço a Deus que abençoe a todos nós, hoje e sempre.

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