sábado, 10 de setembro de 2016

EM CADA BOA LEMBRANÇA MORA UMA SAUDADE

      Saudade, são lembranças que fizeram história.
     Histórias de vidas que foram e continuam sendo amadas.
     Histórias de um tempo bom, que não volta mais.
     Saudade é colheita de um plantio chamado convivência.
     Nos caminhos da vida terrena, por onde seguimos, repartimos períodos de convivência com a família, com os amigos e até com pessoas que só conhecemos porque sempre as encontramos no trajeto por onde vamos, ou nos lugares de interesses comuns.
    Embora tudo pareça tão certo e seguro, enquanto acontece, de um momento para outro, tudo pode mudar. Alguém se despede, para não mais voltar. Alguém viaja, para demorar. Alguém se muda para outro lugar e já não é tão fácil  de se encontrar. Conhecidos de antes, se tornam desconhecidos de agora, porque já não se sabe onde está.
     E assim é a vida, no seu caminhar, dando-nos a certeza de que ninguém é de ninguém.
     Existe porém algo maior, que forma um elo entre as pessoas, transformando períodos de convivência em saudades. É o Amor. É a presença de Deus a nos comandar, trabalhando a nossa memória, para que nada fique esquecido, ainda que se lembre tão pouco. E assim sendo, cada um carrega um pouco do outro, e nunca segue sozinho. Se não pode mais compartilhar a presença, pode se lembrar de quando compartilhou. Se não pode mais abraçar, pode sentir saudades.
     Neste dia dez de setembro, lembro-me de duas amigas, com quem pude por um tempo conviver e que hoje em prece, lhes envio vibrações de amizade, conforto e paz, sabendo que onde elas estiverem as receberão.
     Marli Branquinho Vaz, há dezessete anos, deixou a família, os amigos, a vida terrena, para atender ao chamado de Deus, conforme autorizava o seu projeto existencial. Talvez se tivesse sido consultada na sua vontade própria, ela teria preferido ficar, junto ao esposo, filhos e neto. Mas a vida , que segue sempre, sem intervalos ou cortes, não nos dá esta autorização de escolha. Simplesmente age,promovendo as mudanças agendadas para o momento de cada um. E por isso, Marli teve que seguir. No seu lugar ficou a saudade, que a cada ano, parece aumentar mais. Não foi fácil se adaptar, em lugar onde a família não podia acompanhá-la. Após um período necessário, de integração no mundo espiritual e dispondo de méritos que lhe eram próprios, ela pediu a bênção de voltar ao aconchego familiar terreno, porque não conseguia seguir sem a presença dela. A misericórdia de Deus, que é infinita, concedeu-lhe o alvará de retorno. A partir daí, só Deus conhece o caminho por ela seguido. Em cada um, a intuição e a observação dos fatos é bússola indicando possibilidades. O tempo, em que Marli, foi Marli, nunca se apagará. Está registrado para sempre, no período em que assim se manifestou. E é para você, Marli, que envio a minha prece , onde você estiver,com votos de muita paz! Deus lhe abençoe e abençoe também a toda sua família.
     
      Jandira Ferreira dos Santos, há onze anos, que partiu para o mundo espiritual. Moradora de Palmelo, se ausentou daqui por um tempo, junto com seu esposo Antônio, para trabalhar no Sanatório Espírita de Brasília, ao lado de Lauro e de Dona Amélia, fundadores do então Sanatório. Depois, de alguns anos , voltaram a morar em Palmelo, onde ela era médium vidente do Centro Espírita Luz da Verdade. Trabalhadora de boa vontade e da confiança dos dirigentes da Casa. Sua grande preocupação era com a saúde do companheiro Antônio.  De repente, a vida lhe promove a mudança, deixando o senhor Antônio viúvo, até os dias de hoje. Sei, que você tem se empenhado muito Jandira, em bem aproveitar o seu tempo espiritual, e na medida do que pode tem ajudado também os que lhe são caros e que ainda seguem, no mundo terreno. Receba a minha prece e os meus votos de muita paz ,conforto e esperanças no amanhã que sempre virá. Deus lhe abençoe sempre. Siga confiante.

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