DONA EVA, O QUE A SENHORA TEM PARA NOS CONTAR?

      Hoje, fazem onze anos que a senhora foi morar no plano espiritual.
      Palmelo, se despediu da senhora, guardando saudades.
      Proprietária da então Pensão Palmelo, hoje Hotel Palmelo, acolheu muitas pessoas, vindas de várias partes do Brasil e do exterior, em busca de tratamento fluídico em favor do equilíbrio físico e espiritual. Fez muitas amizades e sabia ser amiga de todos. Estava sempre de bem com a vida.
      Sempre tinha uma palavra de esperança e bom ânimo para todos.
      Viúva de Severo da Costa, se manteve firme ao lado dos filhos e netos, sempre preocupada com a evangelização de cada um. Gostava de ler e recomendar livros de boa leitura a todas pessoas.
      Era médium de cura, do Centro Espírita Luz da Verdade e frequentadora assídua.
      Preocupada em promover a união entre os diversos grupos espiritualistas em Palmelo, estabeleceu uma reunião, toda quinta-feira, alternando cada semana em casa diferente, procurando os pontos em comum, para que em nome de Jesus, todos pudessem trabalhar juntos.
     Não perdia Palestras Espíritas realizadas na região e ouvir o Divaldo Pereira Franco falar, era tudo de bom para ela. Ia até mais longe, para ouvi-lo. Viajamos juntas, nesta finalidade, muitas vezes.
     Foi estudante do Colégio Estadual Eurípedes Barsanulfo,onde concluiu o primeiro Grau, com honra e mérito, sendo a mais velha da turma.
     No período em que eu saia muito de Palmelo, para fazer palestras em Centros Espíritas de outras cidades, por várias vezes ela me acompanhou. Muitas vezes, eu percebia que ela não estava bem de saúde, mas ela não reclamava e nem desistia de me acompanhar. Me dizia que gostava de viajar, de ver gente diferente ... e de me ouvir falar também.
     Estava sempre pronta a ajudar fosse a quem fosse. Tinha conhecimentos sobre Homeopatia, e sabia sempre receitar a quem não estivesse bem.
     Numa das crises cardíacas, que ultimamente vinha apresentando,  se foi.
     Foi difícil acreditar. Tudo parecia ter sido rápido demais.
     Vencido, seu tempo no mundo terreno, era o seu momento de partir.
     Depois que partiu, voltou, muitas vezes, para dizer como estava enfrentando a nova realidade.
     Trouxe muitas informações e contou muitas coisas interessantes do mundo espiritual.
     Ao chegar na Colônia Nova Esperança, foi recebida com flores, pelos amigos e familiares que lá se encontravam, ou que foram de outras Colônias, para lhe dar as boas-vindas.
     Refeita, após o período de adaptação necessário a todo recém desencarnado, já quis logo conhecer os vários departamentos da Colônia. Se inscreveu em grupos de excursão para conhecer outras Colônias. Participou de Cursos. Procurou estar atenta para aprender com tudo e com todos. E assim que pôde integrar equipes de atividades fraternas e socorristas, não perdeu tempo em fazê-lo.
     Por amar Palmelo, tem se dedicado muito às atividades espirituais aqui realizadas.
     Tem acompanhado sempre os filhos, nas tarefas que agora lhes cabem, e tudo faz para ajudá-los.
     Tem nos netos, muitas esperanças, de ver o mundo sempre caminhando para melhor.
      Sempre que puder, venha nos contar, Dona Eva, os seus feitos espirituais.
     No continuar da vida, com certeza a senhora, tem muitas histórias para nos contar.
     Receba as minhas vibrações de paz, de amizade e gratidão. E não se esqueça de nós, que ainda permanecemos no mundo terreno, entre tantas turbulências e tribulações.
      Que Deus lhe abençoe e lhe dê sempre motivos para sorrir, trabalhar no bem e ser imensamente feliz.  Que a saudade sentida, dos que ficaram, seja recompensada pela alegria de conviver com os que pôde reencontrar. Siga em paz. Sempre em paz!