segunda-feira, 21 de março de 2016

Damo, Maçom.

   Quando meus pais Alceu Arantes e Maria Martins Arantes, conheceram o Damo, o acolheram como se fosse seu filho, sem saber que este viria a ser seu genro. O Damo tinha muito respeito pelo meu pai, o que talvez tenha contribuído para que ele revisse os seus conceitos sobre Maçonaria. Meu pai era maçom. O que antes era aversão total para o Damo, passou a ser visto de outra forma. Quando a Loja Anhanguera nº 14, se instalou em Palmelo, recebeu entre seus primeiros iniciados; Bortolo Damo. Como maçom, estudou muito. Passou por todos os Graus e recebeu todos os diplomas, referentes a cada Grau. Chegou ao Grau 33, o mais alto da Ordem. E quando lá chegou, era o único na região. Além de frequentar as reuniões semanais de sua Loja, em Palmelo, Damo frequentava uma reunião mensal em Goiânia, onde chegou a ocupar cargo da Grande Loja, deixando ali a sua marca de profundo conhecedor e trabalhador do lema da Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Conciliou muito bem a Doutrina Espírita com a Maçonaria, e deu as duas a sua contribuição de cidadão brasileiro. Não gostava de se anunciar como tal. E jamais se beneficiar em alguma coisa, porque era maçom. Em tudo, se mantinha da forma mais simples possível. Os seus feitos eram sempre contados por outros, nunca anunciados por ele mesmo. Como Irmão estava sempre presente, onde se fizesse necessária a presença maçônica. Num dos telefonemas com a sua irmã freira, que mora na Itália, esta lhe disse que lhe perdoava por ele ser espírita, mas por ser maçom ela não lhe perdoaria nunca.. Damo ficou triste, mas relevou. Afinal ele também já pensou como ela ainda pensa. Como gostava muito de ritual, a Maçonaria lhe preencheu com alegria esta necessidade. Que o Grande Arquiteto do Universo, ilumine os seus caminhos, por onde você andar Damo.

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