quarta-feira, 22 de junho de 2016

UMA VIZINHA HÁ QUARENTA E SEIS ANOS.

      Maria Rodrigues da Silva, minha vizinha e amiga de tantos anos. Desde que cheguei para morar em Palmelo. Hoje, pela manhã, se despediu de todos nós, para realizar a grande viagem.
      Momento de muita tristeza para seus filhos, netos, família e amigos.
      Não é fácil se despedir de alguém querido, sabendo que ele não volta mais.
      Embora a compreensão de que a vida continua, de que nunca é o fim e de que haverá reencontros no futuro, a falta física da pessoa que se ausenta no momento, deixa um grande vazio e muitas saudades.
      O tempo em Palmelo, está nublado, está triste. São tantos que têm partido em tão pouco tempo.
      Maria foi casada com Raimundo de Melo, conhecido por todos como Raimundinho, e tiveram quatro filhos. Raimundinho desencarnou há muitos anos atrás e ela continuou morando na mesma casa com os filhos.  Hoje, juntamente com sua irmã Estelita, morava com a filha, no mesmo lugar, mas em outra casa.
      Limitada pela idade, já não saía mais de casa, e quando o fazia, era numa cadeira de rodas.
      Gostava de fazer crochê, desenhava muito bem e era com frequência que eu a ouvia cantar.
      Às vezes, ao cair da noite ela cantava músicas aprendidas no seu tempo de jovem, e quando ela terminava de cantar sua irmã batia palmas para ela. Creio que Estelita vai sentir muito a falta de sua irmã companheira.
      Recebia tratamento espiritual, através da Linha de Tratamento, onde abnegados trabalhadores as visitava toda terça e sexta feiras, às dezessete horas, em nome de Jesus.
      Muito amada e muito bem cuidada pelos filhos e netos, ela completou o seu tempo na terra e atendeu ao chamado de Deus, no momento certo.
      Partiu num dia vinte e dois. O dia do mês consagrado a Maria Madalena ( vinte e dois de julho ). Antes dela, também num dia vinte e dois, Palmelo se despediu de dona Inorfa ( vinte e dois de janeiro ), de Antero ( vinte e dois de maio ), de Igor e senhor Edson ( vinte e dois de setembro ), João Damásio ( vinte e dois de outubro ) e muitos outros que só puderam chegar até o dia vinte e dois do mês em que estavam. Este dia, acaba criando um vínculo magnético entre os que ficam para sempre, marcados por ele. Onde os que já estão mais adaptados e integrados ao mundo espiritual, podem ajudar os que estão chegando, a cada dia.
      Dona Maria, receba neste momento a nossa vibração de paz, de conforto, de bem estar.
      Peço a nossa mãe Santíssima, que lhe aconchegue no Seu manto de amor e lhe conduza à nova morada, onde nada lhe falte em favor de sua recuperação.
      Além de seu Guia Protetor, espíritos familiares e amigos que vão lhe dar toda assistência nesta hora, acredito que a senhora ficará feliz em receber também uma visita amiga da dona Inorfa, recordando velhos tempos vividos em Palmelo, uma visita do Igor Inácio da Silva, que sabe da dedicação de seus avós Eurípedes e Mariana, com a equipe de médiuns nos seus tratamentos espirituais, enquanto a senhora estava aqui, e que agora do outro lado ele pode saber uma maneira de prosseguir o laço de amizade, fazendo também a sua parte.
     Ah! se a gente soubesse tudo que acontece... no que não se percebe...
    Que Deus abençoe e proteja a toda família que fica, chorando esta despedida.
     Que Deus abençoe e proteja os seus passos que prosseguem em novo cenário.

Nenhum comentário:

Postar um comentário