quinta-feira, 26 de maio de 2016

NATUREZA - CENÁRIO TERRENO E ESPIRITUAL

     A mãe Natureza é pródiga e generosa.
    Além de oferecer cenários de rara beleza, surpreende pela capacidade de se recompor quando fatores adversos lesam a sua harmonia.
    Quadros magníficos se apresentam em cada amanhecer, em cada entardecer.
    Tonalidades variadas se derramam no horizonte ou no poente, desafiando artistas a reproduzi-las de forma encantadora.
    Majestosas florestas, ricas, tanto na flora quanto na fauna, oferecem recursos naturais à sobrevivência de todo nativo, além das plantas medicinais para todas as enfermidades conhecidas ou preventivas.
    A espécie das plantas, cada uma guardando as suas características próprias, é algo que surpreende. As sementes não se enganam nunca. A semente de laranja sempre produzirá laranja e a de abacate não produzirá outra fruta a não ser abacate. Podem ser guardadas durante anos e quando lançadas na terra propícia, germinam e produzem frutos sem conta. Produz com fartura.
    As mangas produzidas por uma mangueira nunca serão consumidas na sua totalidade. Muitas acabarão podres no chão.
    E as árvores que se juntam, formando matas fechadas, onde cada uma disputa o seu espaço buscando a luz do sol e que oferecem seus troncos robustos para que outras plantas se desenvolvam em majestade e beleza, como as orquídeas, ou oferecem suas ramagens frondosas para abrigo das aves que chegam em revoada buscando o repouso noturno ou a própria reprodução em ninhos ocultos e aconchegantes.
   E os campos verdejantes? que se perdem de vista em planaltos e planícies.
   E as flores? Da rosa rainha à singela violeta.  Belas. Enfeites naturais de paisagens fantásticas.
   Lírios que nascem nos pântanos, se destacando em alvura, que nem Salomão em toda sua glória, jamais se vestiu como um deles. Flores de jardins cultivados com arte e esmero. Flores que nascem em solos secos e áridos, enfeitando com simplicidade e cores variadas paisagens encantadoras, sem exigirem nada. Ornamento divino adaptável em toda parte.
   E os animais? Como explicar o instinto de cada espécie? Quem ensinou a formiga do Século Vinte e Um  a fazer o formigueiro tal qual foi feito no Século Um?
   Quem ensina o João de Barro a escolher de que lado deve ser a porta de sua casa, sempre contrária à direção de onde virão as chuvas do ano?
   Quem ensinou aos Golfinhos a serem dóceis ao adestramento?
   E o Salmão a subir a correnteza dos rios para desovar no mesmo lugar onde nasceu?
   E as Tartarugas a enterrarem seus ovos, na areia das praias?
   E a amizade do cachorro para com o homem, ao ponto de ser chamado o " amigo fiel ".
   E em tantos outros aspectos, a Natureza surpreende o homem na sua maneira generosa de se refazer e abrigar a vida em todas as suas manifestações e possibilidades, infinitas possibilidades.
   Chamada de Mãe, acolhe a todos como filhos amados a quem sustenta, abriga e ainda lhe recebe os despojos, no seu seio transformador, onde tudo se renova, para o eterno continuar.
   Se a Natureza terrena nos encanta com sua beleza, imaginemos a Natureza espiritual que é a fonte original da cópia que conhecemos no mundo terreno.

    Na noite que passou, como num sonho bom, me encontrei com dona Raimunda e o seu esposo senhor Lídio, ambos desencarnados. Nos cumprimentamos com amizade e alegria. Comentei com a dona Raimunda sôbre os cinco anos de seu desencarne, e ela com lágrimas de emoção, me disse que Deus tem sido muito bom com ela. Ela sente saudades dos que ficaram, e que ela sempre vai visitar e ver como estão. E que encontrou no mundo espiritual muita gente que ela não via há muito tempo e que agora pode conviver mais de perto, me disse isso segurando no braço do senhor Lídio, e acrescentou que também tem recebido lá os que foram depois dela. Me disse ainda, que se  espanta ao saber que já se passaram cinco anos. Parece que foi ontem.
    Em seguida, me convidaram para acompanhá-los a um lugar, muito bonito, onde eles  dedicam  um tempo do seu dia. E fomos até um Orquidário, cuja beleza não sei descrever. Muitos outros espíritos estavam no local, se deliciando com a própria tarefa ali desempenhada. Encontrei alguns espíritos conhecidos que ficaram surpresos em me ver ali e me perguntaram se eu já fazia parte do mundo em que eles estão. Respondi que não, que só estava a passeio, acompanhando a dona Raimunda e senhor Lídio.
   Foi um momento interessante.
   Depois eles me levaram para ver a residência deles, que parecia estar sobre a casa que eles moravam e que ainda é da família, em Palmelo.  Me disseram que escolheram este lugar, porque podem ajudar muita gente, seja da família, sejam amigos e até quem eles nunca conheceram.
   É uma Casa no Caminho. Gostei de saber.  Me emocionei em saber.
   Caminhos de socorro espiritual, não se perdem nunca. E quem um dia, neste caminho recebeu alguma coisa que lhe confortou a alma, a ele volta, para oferecer o mesmo aos que por ali passam ou vão passar.
   Abençoada seja a vida e para sempre louvada.
  Obrigada dona Raimunda e senhor Lídio, por mais este aprendizado, pela orquídea que vocês me deram e que eu reparto com todos os seus filhos, filhas , netos e bisnetos, pedindo a Nossa Senhora Aparecida, a doce mãe de Jesus, que a todos envolva e conforte no Seu manto de amor e luz.
      Deus nos abençoe a todos, hoje e sempre.





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