Uma das perguntas que fiz ao espírito Natanael, quando em sintonia mediúnica com ele, foi esta:
" O que dizer às mães que perderam filhos? " Segundo se diz, no mundo terreno esta é a dor mais profunda vivenciada por um ser humano.
E ele me respondeu, o seguinte:
" - Que não culpem a Deus. E que busquem NELE a força para atravessar os momentos mais difíceis. Na verdade, ninguém perde ninguém. Quem se separa, segue em novo caminho, na busca dos próprios ideais e sonhos que nunca morrem. Que as mães pensem em Maria de Nazaré, a doce mãe de Jesus, que acompanhou o filho até o fim e depois prosseguiu servindo ao bem em nome DELE ".
Diante desta resposta, surge uma reflexão, impulsionada pelo sentimento de cada mãe, que no mundo terreno se viu obrigada a ver o filho partir primeiro que ela. E não há como não chorar. Recolher os pedaços do coração estraçalhado e prosseguir vivendo. Confiar em Deus, que continuará olhando e cuidando de seu filho, onde você não pode mais olhar e nem cuidar. E a ambos sustentará com a força de Seu amor.
Mãe querida, quando você recebeu nos braços este filho por quem chora a partida agora, foi Deus que escolheu ele para você. E não podia ter feito escolha melhor. Trouxe ele até você, porque sabia o quanto você poderia amá-lo e cuidar bem dele. Combinaram um tempo de convivência. O tempo venceu e ele não pôde mais ficar. Você se acostumou com a sua presença na sua vida e por isto é tão difícil aceitar a falta dele. Não pense que perdeu. A verdade é que vocês ganharam. Os endereços de afeto não se perdem nunca. Sempre há um caminho de reencontro. Um sonho, uma boa lembrança, um carinho, uma saudade que chega a doer e rega com lágrimas a flor da esperança, anunciando no jardim da vida, o novo momento em que voltarão a conviver.
Durante o período do Noticiário Espiritual, recebi muitas mensagens em que os espíritos, após o período natural de adaptação à nova realidade, sempre afirmavam ter desencarnado na hora certa, conforme o programado no seu projeto existencial. Alguns que desencarnaram em acidentes chegaram a dizer que: - " não foi o acidente a causa real da minha morte. Ao contrário, foi a minha necessidade de morrer, por ter chegado a hora, que provocou o acidente".
Hoje, dezenove de maio, sinto que muitas mães voltam ao passado, para reviver a lembrança amarga de uma despedida que se foi, modificando a sua vida para sempre.
Como irmã, me aproximo e se não posso lhe consolar, quero chorar com você. Pedir a Deus e a Nossa Senhora, Mãe de todos nós que lhe abrace com Seu manto de Amor e também ao seu filho, ou a sua filha, onde quer que esteja. A prece é um presente de luz que se oferece a quem se quer bem.
E a prece feita no amor de mãe é sempre ouvida e atendida no amor de Deus, o Pai nosso que está em toda parte.
A vida prossegue... e todos nós também prosseguimos.
Você, mãe que já chorou e sofreu tamanha dor, lembre-se das mães que estão começando a chorar e a sofrer agora, neste momento, recebendo tão amarga notícia de que seu filho teve que se mudar, para o mundo espiritual, e quem sabe nem teve tempo de se despedir. Elas ainda não sabem, o que você já sabe, o que a saudade lhe ensinou ao longo do tempo. Se possível ajude agora, com sua presença fraterna, ou com uma palavra amiga ou uma prece de conforto e paz. E saiba, que no além, muitos dos que estão partindo agora, estão sendo socorridos por seu filho, ou por sua filha, que por terem passado pelo que passaram se associam para ajudar os que no momento estão passando pela mesma situação que eles passaram.
E nesta sintonia solidária , você e seu filho amado, podem estar muito mais próximos do que sempre estiveram, ajudando, cada um no seu mundo, a enxugar lágrimas de quem chora.
Receba o meu abraço de paz, mãe querida.
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