quinta-feira, 28 de abril de 2016

Continuação de MINHA VIDA PROFISSIONAL EM PALMELO

   No ano de hum mil, novecentos e setenta e seis fui convidada para trabalhar com o Programa da Merenda Escolar, pelo então Prefeito Municipal  de Palmelo, Antônio de Pádua Gomide, conhecido como Toninho.
    Num primeiro momento, fiquei indecisa, já que eu gostava mesmo era de lecionar.
    Sendo possível conciliar os dois, eu ficaria lecionando de manhã e a noite, e a tarde ficaria a serviço da Merenda,já que a sua Carga Horária era de trinta horas semanais. A minha nomeação ficaria a disposição do MEC,  já que a Merenda Escolar era fornecida pelo Governo Federal e seria feito um Contrato Efetivo, com o qual eu continuaria dando as minhas aulas no Ginásio .
    Assim sendo, passei a trabalhar como Orientadora de Programa da Merenda Escolar, até me aposentar também.
    O  SEMAE ( Setor Municipal de Alimentação Escolar ), ficava na Prefeitura Municipal, onde eu trabalhava toda tarde, das doze as dezoito horas, quando não estava nas escolas acompanhando as Merendeiras, os alunos na hora do lanche, ou entregando  a merenda , que vinha dos Estados Unidos. Leite, Mingaus, Trigo, tinha os escritos nas embalagens, tudo em inglês.
   Em Palmelo, o Programa atendia cinco escolas; Ginásio Eurípedes Barsanulfo, Escola Estadual de Palmelo ( Grupo ), Lar  Espírita ¨Hilda Vilela¨, Centro Espírita André Luiz  ( Evangelização ) e Escola Rural Engenho Grande.
    No início tudo era muito precário e difícil.
    Trabalhei com Merendeiras extremamente dedicadas  e que tinham muito amor aos alunos.
    E cada vez mais o Programa foi melhorando, as condições das Escolas também, e hoje já não se pode mais comparar ao que foi.
    Como Orientadora de Programa da Merenda, trabalhei com os Prefeitos: Antônio de Pádua Gomide,,  Antônio Vaz Filho, Divane Damásio da Silva, Walter de Oliveira Júnior e Ricardo César Gomes.
    Muitas histórias. Muito aprendizado.
    Participei do antes e do depois de mudanças importantes que aconteceram  neste setor de trabalho.
    Por causa da Merenda Escolar, fundamos a Escolinha Joaninha Darque, para servir lanche aos irmãos dos alunos, que ainda não podiam estudar e que iam para o portão da Escola pedir a sobra do lanche, que nem sempre sobrava.
    Da trempe quebrada e escorada do fogão de lenha até o fogão a gás... caminhada longa e difícil, somente possível graças ao empenho de merendeiras generosas e amigas, que trabalhavam com alegria, sem medir esforços, não é mesmo dona Mariinha? Não é mesmo dona Ana ( in memoriam )?
    Da latinha de marmelada ou de extrato, levado pelos alunos para receber a merenda, na hora do lanche, até o prato ou o vasilhame padronizado oferecido a todos de forma igual.
    Da Merenda vinda dos Estados Unidos, depois comprada pelo Setor Regional , atendendo ao gosto de cada Região e hoje comprada por cada Município, conforme o hábito alimentar de cada comunidade.
    Merendeiras treinadas em Cursos anuais, se tornaram exímias cozinheiras, sendo convidadas para confecção de pratos saborosos e decorados, nos eventos sociais.
    Todas se preocupavam em agradar ao paladar dos alunos e tudo fizeram para deixar a marca de um bom trabalho.
     E tudo passou... as lembranças trazem saudades... Quando tudo era difícil, o amor supria toda carência.
     Agradeço ao Estado de Goiás, que me acolheu como Funcionária da Educação, e me manteve o salário profissional e me mantem a aposentadoria.
     Agradeço a Palmelo, a oportunidade recebida de participar da sua História.
     Tudo, em Palmelo, tem um significado para mim.
                  Obrigada, Senhor|...
    

Um comentário:

  1. Realmente tempos muito bons. Me lembro de ir entregar a merenda com a Srª, nas escolas e no Engenho Grande, longe e com uma estrada de terra quase sempre muito ruim. Como era gratificante fazer aquilo.

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