Amada família terrena...
Como me dirigir a vocês, quando já não tenho mais
a presença física? Minha voz já não é ouvida e os
alegres dias do passado, se perderam num mar de
amarguras e sofrimentos. Reconheço minha parcela
de culpa e mesmo não querendo lamentar ocorrências
infelizes, penso hoje, que tudo poderia ter sido
diferente... se pudesse ter sido. O que acontece com todos
nós, creio eu, é que a gente nunca sabe onde nos levarão
atitudes que no início não passam de brincadeiras e que
no repetir acabam em tragédia. Me perdoem... é tudo
que eu peço, neste momento de comunicação. Me
perdoem. Há um novo caminho a seguir. Minha mãe
tem me ajudado a vencer as barreiras do meu constrangimento.
Amo vocês, de todo meu coração. Nunca duvidem disto.
Me visitem na Colônia Nova Esperança. Me faz bem.
Beijos, com carinho, de quem renasce das próprias cinzas.
Dulce
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