quarta-feira, 16 de novembro de 2016
A ORAÇÃO
No livro " No Invisível ", Léon Denis fala da grandeza da prece.
Não a prece maquinal, sem vida, automática, repetitiva, mas aquela prece que é feita do âmago do coração da criatura, dirigida ao Seu Criador.Quando se abre as comportas da alma, nesses momentos de maior gravidade, em que o ser tem necessidade de um alimento especial e diferente. É nesta hora de muito silêncio, quando se nos acalma os tumultos do sentimento, que a alma se abre para o verdadeiro colóquio espiritual.
Jesus falou da necessidade imperiosa de se orar várias vêzes ao dia.
ELE se refere a necessidade dessa busca de tal forma que os discípulos perguntaram-lhe qual seria a melhor maneira de orar, e chegaram mesmo a Lhe pedir que os ensinasse a orar.
É aí que nasce a oração simples e completa, a chamada Oração Dominical - o Pai Nosso.
É dividida em três partes essenciais. A primeira parte é um ato de louvor:
- " Pai Nosso que está nos céus. Santificado seja o vosso nome ".
É uma exaltação a Deus. Do filho para o Pai. Do criado para o Seu Criador. Um gesto de reconhecimento e humildade para com o Senhor do Universo e da Vida.
A segunda parte é um ato de pedir:
- " Venha a nós o vosso Reino. Seja feita a vossa Vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia, dái-nos hoje,Senhor ".
É o pedido das bênçãos divinas para a nossa vida de cada dia. Mostra a nossa fragilidade diante das armadilhas do caminho terreno. A certeza de que tudo que conseguimos alcançar tem a permissão de Deus.
A terceira parte é um ato de proposição e agradecimento:
- " Perdoa, Pai, as nossas dívidas ... ASSIM COMO NÓS perdoamos aos nossos devedores;
Perdoa, Pai, as nossas ofensas ... ASSIM COMO NÓS perdoamos aos nossos ofensores".
( Nós pedimos para nós, e ao mesmo tempo nos propomos a fazer o mesmo pelos que nos devem ou nos ofendem ).
- " Não nos deixeis cair em tentações, mas livra-nos de todo o mal. Que Assim Seja ".
A palavra " céus " é abrangente.
O ato de orar é o ato de abrir-se.
Orar ( palavra latina ), vem de " oris " ( boca ) - é abrir a boca da alma.
Esvaziar-se do "ego" para plenificar-se do " Tudivino ".
Para orar é necessário criar condições, gerar um estado de limpeza psíquica, um estado emocional de receptividade, porque senão a prece se torna uma reza, que em bom português é uma oração em estado linguístico.
Joanna de Ângeles diz que o corpo se nutre de pão e a alma de oração.
A oração acalma as ansiedades.
Se não resolve os problemas que nos afligem, ela nos inspira a melhor forma para solucioná-los.
A continuação da prece, leva a alma a um estado de alegria.
Estado de plenitude ... de verdadeira harmonia.
Oremos sempre ... por nós ... pelo nosso próximo ... pelo nosso Planeta!
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