O LIVRO DOS ESPÍRITOS, CENTO E CINQUENTA E NOVE ANOS.

     Hoje, dezoito de abril de dois mil e dezesseis, o Livro dos Espíritos completa cento e cinquenta e nove anos. O seu lançamento, em 1.857, apresentou a Doutrina Espírita para trabalhar a compreensão espiritual da Humanidade.  Embora seja um trabalho dos espíritos, coube a Allan Kardec a coordenação e apresentação desta tarefa.
    Contendo os princípios da Doutrina Espírita sobre a Imortalidade da alma, a natureza dos espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida presente, a vida futura e o futuro da Humanidade, segundo o ensinamento dado pelos Espíritos Superiores com a ajuda de diversos médiuns., este livro vem ganhando cada vez mais espaço no entendimento de cada um.
     Contém mil e dezoito perguntas e respostas
     Começa falando de Deus, que é a Inteligência Suprema e a causa primária de todas as coisas.
     Criador do Universo que compreende todos os seres animados e inanimados, materiais e imateriais, não há nada que não seja obra de Deus.
      Os seres materiais constituem o mundo visível ou corporal e  os seres imateriais o mundo invisível ou espiritual, quer dizer o mundo dos espíritos.
      O mundo espiritual é o mundo normal, primitivo, eterno, preexistente e sobrevivente a tudo.
      Fala sobre os Elementos Gerais  do Universo, a Criação, O  Princípio Vital.
      Na segunda parte, fala dos Espíritos, Objetivos da Encarnação, a Alma Depois da Morte, Reencarnação, O Mundo Espiritual, Prelúdio do Retorno à Vida Corporal, Emancipação da Alma - O Sono e os Sonhos, Intervenção dos Espíritos no Mundo Corporal, Ocupações e Missões dos Espíritos, Os Três Reinos.
      Na terceira parte, fala das Leis Morais.
     Na quarta parte, fala das Esperanças e Consolações.
     Diz o Livro dos Espíritos, que o bem reinará sobre a Terra quando, entre os Espíritos que vem habitá-la, os bons vencerem sobre os maus. Que é pelo progresso moral e pela prática das Leis de Deus que o homem atrairá sobre a Terra os bons Espíritos e dela afastará os maus. Mas os maus não a deixarão senão quando dela forem banidos o orgulho e o egoísmo.
     A Doutrina Espírita recomenda a todos os seus adeptos, que sigam os Ensinamentos de Jesus, que combatam em si as más tendências, que sejam hoje melhor que ontem e amanhã melhor que hoje. Que façam o bem, usando de caridade para com todos, já que Caridade é benevolência para com todos, indulgência para com as faltas alheias e perdão das ofensas.
      Agradecemos a Kardec, o fiel timoneiro, que tão bem soube conduzir a tarefa que lhe coube, para a Seculo XIX.
      Ele que esteve presente em todo grande despertar espiritual da Humanidade, desde o Apocalipse, onde permitiu a simbologia mediúnica, falando do futuro, ora vivenciado. Ele, que na Ilha de Patmos, deu ampla expansão à sua mediunidade, alcançando a informação espiritual, e atende a Jesus que lhe aparece pedindo que escreva o que viu. Ele que como Francisco de Assis, derruba as barreiras da proibição religiosa e passa a divulgar a Religião Cristã para toda a Humanidade. Ele  que passa por outros momentos históricos da vivência religiosa, cumprindo em todas elas a sua participação de espírito comprometido com o Planeta, e fazendo parte da Equipe Crística,chega como Kardec, para apresentar ao mundo terreno, a Doutrina Espírita, em momento propício. E não para por aí.
     Desencarnando como Kardec, volta quarenta anos depois, como Chico Xavier dando prosseguimento ao conhecimento da nova Doutrina, enriquecendo-a nas explicações contidas nas obras escritas por suas mãos abençoadas, por sua mediunidade pura, pelos Espíritos Superiores que lhe acompanharam a trajetória de renúncia e muito amor cristão. Um homem chamado AMOR.  Só fez somar. Só acrescentou o bem. Hoje a Doutrina se divide em antes dele e depois dele. Antes dele, apenas o ensinamento, a teoria. Depois dele, a vivência, a prática do amor cristão, o conhecimento a compreensão.
       Neste dia, em que se comemora mais um ano de O Livro dos Espíritos, nós cristão e espíritas lhe agradecemos Kardec - Chico, pedindo a Deus que lhe cubra de bênçãos e que não demore a voltar entre nós. Que nossas dificuldades de entendimento não retarde em nós estas reflexões de luz e esperanças.     OBRIGADA, SENHOR|